31 de março de 2014

28 de março de 2014

E a cada...


E a cada mergulho no mar
Me sinto viva mais uma vez
E a cada banho de chuva
Sou parte do universo outra vez.
SĂ£o nas coisas simples
Que a natureza nos dĂ¡
Que percebemos aquilo que somos
E ao nosso "ser" podemos voltar.
- Aline Nobre

27 de março de 2014

26 de março de 2014

25 de março de 2014

Eu jĂ¡.


“Eu jĂ¡ quis sair de casa, eu jĂ¡ quis voar no mundo.
Eu jĂ¡ quis abandonar todos, mas sĂ³ quis por um segundo.
Eu jĂ¡ saĂ­ de casa, eu jĂ¡ voei pelo mundo.
Eu jĂ¡ abandonei a todos, mas logo do sonho acordo.”

— Aline Nobre

16 de março de 2014

Pontes e Paredes

Qual a ponte que nos liga?
O que me leva atĂ© vocĂª?
Que ponte me faz sair de mim
Em busca de outro ser: vocĂª?

Qual a parede entre nĂ³s?
O que me separa de vocĂª?
Que Parede nos distancia
Que nĂ£o me deixa te ver?

Qual de nĂ³s Ă© o carpinteiro
Que construiu essa tal ponte?
Qual de nĂ³s Ă© pedreiro
Que entre paredes se esconde?

Os elos que nossa ponte faz
liga o que de comum tem entre eu e vocĂª.
As barreiras de nossa parede faz
Nos separam sem quĂª nem pra quĂª.

Espero que nossa ponte
Maior que nossa parede seja
Para que mesmo com as barreiras
A gente se ligue, se veja.

- Aline Nobre

12 de março de 2014

Moça Risonha, que ri e sonha.

Eu poderia me descrever com uma frase de MĂ¡rio Quintana: "Moça risonha, que ri e sonha." Este pequeno poema me descreve de vĂ¡rias formas. A começar por sua estrutura, ele Ă© pequeno, Ă© simples e Ă© direto.
Depois Ă© porque ele brinca com as palavras, monta e desmonta poesia com palavras simples, o que particularmente me encanta.Outra coisa Ă© seu sentido, que Ă© o que mais me descreve. "Moça risonha": Porque levo a vida de forma que tento sempre estar bem, ou ao menos passar isso para as pessoas, gosto de ser referencia a felicidade, gosto de fazer com que as pessoas tambĂ©m queiram estar alegres. "Que ri": Porque rir Ă© o melhor remĂ©dio (isso jĂ¡ virou ditado popular), e defendo sempre que devemos ver o lado bom das coisas, e levar uma vida leve, isso nĂ£o quer dizer que devemos rir de tudo, ou pior; rir por nada, sĂ³ acho que devemos relevar mais as coisas ruins, nĂ£o deixar que elas nos ocupem muito, se nĂ£o ficaremos presas nelas, e entre chorar e rir, acho que rir sempre Ă© a melhor opĂ§Ă£o, pois faz bem pro corpo, bem pra alma e hĂ¡ boatos de que aumenta nosso tempo de vida. "E sonha": Por que sonhar Ă© uma forma de planejar seu futuro, e cada vez que deixamos nossos sonhos para trĂ¡s, nĂ³s estamos "jogando fora" partes do que poderia ser nosso futuro. Porque acho que sonhar Ă© ter esperança, Ă© ter fĂ©, e Ă© isso que precisamos pra ter o futuro que tanto queremos. E os sonhadores sĂ£o acima de tudo corajosos, pois sonhar nos dias de hoje nĂ£o Ă© fĂ¡cil, e acreditar nos sonhos Ă© mais difĂ­cil ainda, pois vivemos num mundo onde a realidade muitas vezes nos "cega" e nos impede de vĂª-los.

 Acredito que levando a vida de bem,
sem ter nada contra ninguém,
vivendo sempre sorrindo,
deixando de lado as tristezas que se estar sentindo,
jĂ¡ uma forma de viver um sonho, um sonho de um mundo melhor,
onde as pessoas se amem acima de tudo e queiram ir ao encontro do outro, desistindo de se estar sĂ³,
 pois nĂ£o vale a pena sonhar sozinho,
quando hĂ¡ um mundo inteiro pela frente, esperando que alguĂ©m trilhe um novo caminho.
NĂ£o vale a pena a solidĂ£o,
sendo que hĂ¡ tantas pessoas no mundo esperando um abraço irmĂ£o.

- Aline Nobre

7 de março de 2014

A Jornalista e o Vigilante.

Ela, jornalista, jovem, amante do dia, da correria, em busca de conhecimento, querendo saber tudo de todos. Ele, vigilante, tambĂ©m jovem, amante da noite, da calmaria, em busca de justiça, querendo proteger a tudo e a todos. Se encontraram em uma das esquinas da vida, logo quando o sol ia se pondo, passando do dia para a noite, do perĂ­odo dela para o dele. Ele adiantado em serviço, ela se atrasou em voltar para casa. Se olharam fixamente por um instante. Naquela hora ela quis conhecĂª-lo e ele quis protegĂª-la. Olhares cruzados na pressa do anoitecer, logo mudaram de visĂ£o pro outro nĂ£o perceber. Dobraram em ruas opostas e a noite ficaram com a lembrança. Ela pensava: "Quem Ă©s tu vigilante, que minha mente habitara?" e ele: "volta aqui jornalista, deixa eu te proteger". A partir daquele encontro, todos os dias ela passava naquela esquina, querendo vĂª-lo de novo, e ele todas as noites ficava a espera da jornalista, ansioso para vĂª-la novamente. Mas ele nunca mais adiantou-se, ela nunca mais atrasou-se, eles nunca mais se viram, e sĂ³ de inspiraĂ§Ă£o para versos um do outro serviram. Seus horĂ¡rios eram outros, suas vidas diferentes, e se um dia por acaso se virem de novo, nada serĂ¡ diferente.

- Aline Nobre