A igualdade aparente é o disfarce da alma
Se vivo alimentando rótulos não vivo, morro!
Se morro para retirá-los não morro, vivo!
As diferenças que transparecemos são o espelho do ser
Quem tem coragem de ser terá ouvidos pacientes
A vida brota do silêncio e da espera
Somos particularidades e lembranças
Vivemos das migalhas que colhemos do passado
A permanência aparente é a saudade mentirosa
Não me vale inventar afetos para manter contato forçado
Mais me vale lembranças felizes do que presença insossa
Nem fotografia serve quando a memória não ama
Quem ama se faz vivo, vive!
Além-tato, além-audição, além-olfato, além-visão
Quem ama se faz vivo em sentidos sem denominação
A ausência presente é a verdade que se revela
Se sei que posso contar contigo, sei mesmo sem ouvir de ti
Não preciso de provas de amor ou declarações públicas de afeição
A verdade se revela na presença oculta, na cumplicidade, sem palavras
Estar presente é ser presença quando se precisa de atenção
Por Aline Nobre e Gizele Barbosa, fsp
1 de julho de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário