28 de março de 2019

policromática

você disse que gosta de olhos que têm gosto de perigo os meus olhos te convidam à segurança e a calmaria do meu peito como foi que te encarei por tanto tempo e achei que tu me enxergava enquanto você ria, me acenava e ia embora sem afeto como explicar que nossos olhos se cruzaram tantas vezes se eu sempre fui a vidraçaria pela qual tu avistava outros rumos eu, sem cores tu, uma aquarela de desejos meu...

8 de março de 2019

[sobre o oito de março]

eu nunca fui de seguir o papel que me foi imposto pela sociedade parece que veio de nascença o desejo de ser tudo aquilo que disseram que eu não podia eu fui menina quieta, calminha assim como manda o protocolo mas eu também jogava futebol de travinha todo santo dia com os meninos da minha rua eu fui tímida e reprimida do jeito que o sistema gosta mas de mim saía faíscas de que eu podia...